O desafio que as grandes editoras de livros estão
enfrentando é a substituição de uma indústria perfeita por outra cheia de caos
e oportunidades.
Perfeita? Espaço limitado nas livrarias, concorrentes
restritos, custos de criação e produção previsíveis, significando que a
estabilidade reinava.
Por trezentos anos ou mais, a publicação de livros não
tinha nada a ver com empresas de tecnologia.
Ontem, escrevi sobre um curta metragem chamado Caine’s
Arcade. Conceitualmente, é um livro. Claro que não existe papel, nenhuma loja e
não há vendas. Motivo pelo qual pessoas da indústria do livro não o vêem como
um livro. Isso acontece porque eles cresceram em uma indústria que nunca se
preocupou com a tecnologia mudando o que eles fazem ou como eles fazem.
[Ao ler isto, estou preocupado que alguns dos meus
pensamentos fizeram entender que Caine’s Arcade deveria virar um livro, escrito
e impresso. Na verdade não, eu quis dizer que o ato de achar Caine, investir em
um filme de curta metragem, de trazer essa idéia para o público, farão o
formato e a economia mudar, mas o ato arriscado de trazer histórias para o
público é o que os editores fazem.]
Revoluções permitem o impossível ao mesmo tempo em que
destroem o perfeito. Existem muitas lamentações sobre como a indústria do livro
perfeito não existe mais. E isso é verdade. O que está acontecendo agora,
porém, é o impossível.
Se as empresas (e as pessoas que trabalham para elas)
estiverem nesse negócio daqui a cinco anos, eles irão prosperar somente se
entenderam que um modelo de negócio totalmente novo terá que ser construído e
entendido. E não terá nada a ver com papel. Será somente sobre idéias. Que é o
que a publicação de livros deveria ser o tempo todo, certo?
Artigo escrito por Seth Godine e adaptado pela
Bookess.
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